Teste de alergia: Como são feitos?

O teste de alergia é um procedimento realizado para identificar substâncias às quais uma pessoa (inclusive bebês e crianças) pode ser alérgica. Esses testes são úteis para determinar os alérgenos específicos que desencadeiam as reações alérgicas em um indivíduo, ajudando os médicos a desenvolver um plano de tratamento eficaz e medidas de prevenção.

As alergias são um problema de saúde comum entre os mais novos, e seus impactos vão além do desconforto. Os sintomas alérgicos podem afetar negativamente o dia a dia dos pequenos —incluindo a forma como se comportam na sala de aula, e, por consequência, o desempenho escolar.

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), no Brasil não há estatísticas oficiais. Porém, a prevalência parece se assemelhar à literatura internacional, que mostra cerca de 8% das crianças com até dois anos de idade sofrendo algum tipo de alergia alimentar.

Quando o tema é alergia, os sintomas são bastante variados e podem se manifestar de forma cutânea (placas vermelhas, inchaço de olhos, bocas e orelhas, coceira); gastrointestinais (diarreia e vômitos); respiratória (falta de ar e chiado no peito); e cardiovasculares (queda da pressão arterial e anafilaxia.

De acordo com um estudo publicado recentemente na revista científica Pediatrics, a probabilidade de uma criança alérgica desenvolver uma segunda forma de alergia é muito maior do que na população em geral (fonte: O Globo).

No post de hoje vamos entender como é feito o teste de alergia, quando esses testes são indicados e a importância de um diagnóstico preciso.

Como é feito o teste de alergia?

De acordo com a Organização Global Allergy and Airways, cada tipo de teste de alergia será realizado de uma maneira diferente.

Os diferentes tipos podem ser:

  • Teste Cutâneo (Skin Prick Test – SPT): É o método mais comum para diagnosticar alergias, envolvendo a aplicação de alérgenos na pele e a observação de reações como inchaço, vermelhidão e coceira.
  • Teste intradérmico de Pele: Utilizado quando o teste cutâneo (SPT) é negativo, mas ainda existe suspeita de alergia. Injeta-se uma pequena quantidade de extrato alérgico na pele para observar reações.
  • Teste de Adesivo para alergia (Teste Epicutâneo): Usado principalmente para diagnosticar alergias de contato, aplicando-se adesivos com diferentes substâncias na pele das costas e observando reações após 48-96 horas.
  • Teste de Sangue (IgE total no soro e IgE Específicos): Mede os níveis de imunoglobulina E (IgE) no sangue, tanto em termos gerais quanto específicos para determinados alérgenos.
  • Teste de desafio alimentar: Realizado para confirmar alergias alimentares, envolve a ingestão controlada do alimento suspeito em doses crescentes sob supervisão médica para observar possíveis reações alérgicas.
  • Teste de picada de inseto: Usado em pacientes com alergia a veneno de insetos, como abelhas ou formigas de fogo, para avaliar a eficácia de tratamentos de imunoterapia ou alergia.

Cada um desses testes tem suas próprias aplicações, limitações e preparações específicas, sendo escolhidos com base nos sintomas do paciente, histórico médico e alérgenos suspeitos.

Quando o teste de alergia é indicado?

O teste de alergia pode ser indicado para bebês e crianças em várias situações, especialmente quando há suspeita de alergia a determinadas substâncias.

 Aqui estão algumas situações em que um teste de alergia pode ser recomendado para o público infantil:

  • Sintomas persistentes: Se um bebê ou criança apresentar sintomas persistentes de alergia, como erupções cutâneas recorrentes, tosse persistente, chiado no peito, coriza persistente, espirros frequentes, inchaço ao redor dos olhos, vômitos ou diarreia após a ingestão de certos alimentos, um teste de alergia pode ser considerado para identificar os alérgenos desencadeantes.
  • História familiar de alergias: Se houver um histórico familiar de alergias, como eczema, asma, rinite alérgica ou alergias alimentares, bebês e crianças têm um risco aumentado de desenvolver alergias.
  • Reações alérgicas graves: Se um bebê tiver experimentado uma reação alérgica grave, como anafilaxia, a um alérgeno conhecido, um teste de alergia pode ser necessário para identificar outros alérgenos potenciais que possam representar um risco à saúde da criança.
  • Sintomas de dermatite atópica: A dermatite atópica é uma condição de pele comum em bebês e crianças e está frequentemente associada a alergias. Se um bebê ou criança tiver sintomas persistentes de dermatite atópica, um teste de alergia pode ajudar a identificar os alérgenos que podem estar exacerbando a condição.
  • Suspeita de alergia alimentar: Se houver suspeita de alergia alimentar em um bebê ou criança devido a sintomas como erupções cutâneas, inchaço, vômitos ou diarreia após a ingestão de certos alimentos, um teste de alergia pode ser recomendado para identificar os alimentos desencadeantes.

Em crianças com menos de 2 anos, os testes de alergia geralmente não são recomendados devido ao desenvolvimento imunológico ainda em curso e ao risco aumentado de resultados imprecisos. A avaliação clínica, baseada na história médica e nos sintomas observados, é preferida nessa faixa etária. Testes invasivos podem ser desconfortáveis e representar riscos. Em casos de suspeita de alergia grave, um especialista deve ser consultado para orientação adequada.

A importância dos testes alérgicos

Os testes de alergia desempenham um papel crucial na identificação de alérgenos específicos que podem desencadear reações alérgicas em indivíduos suscetíveis. Sua importância reside em vários aspectos fundamentais:

  • Diagnóstico preciso: Os testes de alergia ajudam os profissionais de saúde a diagnosticar com precisão alergias específicas em pacientes. Isso é fundamental para entender os desencadeadores de sintomas alérgicos e desenvolver um plano de manejo eficaz.
  • Identificação de alérgenos desencadeantes: Ao identificar os alérgenos específicos aos quais um indivíduo é sensível, os testes de alergia permitem que sejam tomadas medidas para evitar a exposição a esses alérgenos, reduzindo assim a frequência e a gravidade das reações alérgicas.
  • Prevenção de crises alérgicas graves: Em casos de alergias graves, como alergia alimentar ou alergia a picadas de insetos, a identificação precoce dos alérgenos desencadeantes por meio de testes de alergia pode ajudar a prevenir crises alérgicas potencialmente fatais.
  • Planejamento de tratamento adequado: Com base nos resultados dos testes de alergia, os médicos podem desenvolver planos de tratamento personalizados para os pacientes. Isso pode incluir a prescrição de medicamentos para alergia, aconselhamento sobre medidas de prevenção e, em alguns casos, imunoterapia alérgica.
  • Melhoria da qualidade de vida: Ao identificar e evitar os alérgenos desencadeantes, os testes de alergia podem ajudar os pacientes a controlar seus sintomas alérgicos e melhorar sua qualidade de vida. Isso pode incluir a redução da necessidade de medicamentos para alergia e a minimização do impacto das alergias nas atividades diárias.

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